10/11/2012

Glossário de dizeres evitáveis:

* Falsas hermeticidades;

* Verdades;

* Eu, mim, minha, ela, e outras que indiquem pessoalidade;

* Alguém, algum, talvez e outras que disfarcem a pessoalidade;

* Omissões textuais e/ou imagéticas com intenção de demonstrar pessoalidade;

* Termo masculino antes ou no lugar do feminino;

* A palavra comprar, em qualquer tempo ou conjugação;

* Verbos conjugados em qualquer pessoa do presente conjuntivo ou tempo imperativo;

* Todo glossário, dicionário, tradução ou outro escrito que pretenda, sinceramente, explicar qualquer coisa;

* Aspas, legendas ou outras tentativas de tradução para palavras inventadas e/ou descobertas;

* Histórias com fim e/ou finalidade;

* Textos não reescritos/relidos;

* Repetições temáticas, sintomáticas ou sensitivas sem reelaboração;

* Avisos, chamamentos, registros que caibam em outros espaços;

* Qualquer outro termo que se preste ao desserviço.


PS: Adendo a informação de que foi mais fácil abandonar a escrita que abandonar a mim mesma, então volto a este texto apenas para dizer que me alegro por ter construído tão doida proposta, e que estou a partir de hoje declaradamente utilizando estas regras apenas de brinqs quando for falar de coisa séria, e que falsas hermeticidades não existem. Tudo na outra é em sí hermético, e tenho re-dito. (21/02/2018)

Aparação - Para não dizer das minhas histórias

Escrever e publicar. Ando as voltas com essa vontade, novamente.
Tento construir algo fora de mim. Penso numa casa e, ao mesmo tempo acho esta uma ideia alheia.
Talvez construir um chão, limpo de amenidades, conversas fiadas com muitas linhas, sem sobras nem refugos.
Um resumo onde caibam todas as coisas bem pequenas e valiosas.